quarta-feira
segunda-feira
"Dá-me o telemóvel, JÁ!

Tira os adjectivos e ficas com os factos. Atticus Finch advogado no Alabama, in Não matem a cotovia - Harper Lee.
Vi há semanas uma excelente encenação do Cândido de Voltaire, no Maria Matos, em Lisboa. Uma das personagens, o filósofo germânico dr. Pangloss, que encontrava sempre um aspecto redentor em praticamente tudo (já que este era o melhor dos mundos possível), ao desembarcar na frente ribeirinha de Lisboa no dia do terramoto de 1755, vê tudo destruído e no meio das ruínas a gentalha a pilhar num saque sanguinário. Questionado por Cândido sobre o que era aquilo, responde
"... Isto é o fim do Mundo".
Pivot
Boa noite, uma professora foi agredida na escola Carolina Michaëlis, no Porto. A cena foi registada em vídeo por um telemóvel e divulgada no YouTube.
(Segue Vídeo 1' 10")
Se o incurável optimista Pangloss tivesse visto o vídeo da aula de Francês no 9.º C, só podia ter comentado que era o fim do Mundo. E foi. O vídeo, a boçalidade dos comentários de quem filmou, os ataques selváticos de quem atacou, a birra criminosa da delinquente a quem tiraram o telemóvel, a indiferença da maioria da turma pelo horror do que se estava a passar mostram o malogro do sistema administrado pelo Ministério da Educação.
"Ha… ha… ha...ha...ha"
"DÁ-ME O TELEMÓVEL!"
Há um caso exemplar no historial governativo socialista onde Maria de Lurdes Rodrigues podia ir buscar inspiração. Em Março de 2001, depois da queda da ponte de Entre-os-Rios, o ministro da tutela anunciou que se demitiria com efeitos imediatos. Foi a maneira consciente de mostrar responsabilidade.
"Sai da frente... sai da frente!"
Por favor, façam-me a justiça de não considerar sequer que estou a fazer comparações. A enorme crise que atravessa o sistema educativo em Portugal e a queda de uma ponte cheia de pessoas em cima, com as consequentes fatalidades, são situações de gravidade específica que não toleram comparações. O que digo é que a decisão de Jorge Coelho de se retirar de funções porque a ponte de Entre-os-Rios era responsabilidade de vários departamentos do seu ministério, é o modelo de comportamento governativo.
"Ó Rui, ó Rui, ó Ruizinho!"
Maria de Lurdes Rodrigues tem um tremendo desastre entre mãos e contribuiu directamente para ele com as suas políticas de desrespeito de toda a classe docente e com o incompreensível arrazoado de privilégios estatutários garantísticos aos discentes, que estão a condenar toda uma geração e a comprometer o futuro de todo um país.
"Ó gorda, ó p (...), sai daí!"
Depois de todos termos, finalmente, visto aquilo que realmente se passa nas nossas escolas, nada pode ficar na mesma. A DREN, que já se devia ter ido embora no escândalo do professor Charrua, tem de sair porque aquela gente obviamente não sabe o que está a fazer. O Conselho Directivo da Carolina Michaëlis tem de ser imediatamente substituído por gente capaz de proibir telemóveis e de impor (não tenham medo da palavra), impor, um ambiente de estudo na escola pública. Reparem que durante o desacato e o linchamento da professora nenhum dos alunos abre a porta da sala de aulas e pede ajuda.
"Sai da frente... sai da frente!"
Isso atesta que já não ocorre aos próprios alunos que haja na escola alguém capaz de impor disciplina e restabelecer a ordem.
"Olha a velha vai cair!"
Por isto a Turma do 9.ºC tem de acabar! Por uma questão de exemplo, os alunos têm de ser dispersos por outras turmas e o 9.º C deve ficar com a sala fechada o resto do ano, numa admoestação clara de que este género de comportamento chegou ao fim. Maria de Lurdes Rodrigues não pode ficar à espera de receber outra vez o apoio do primeiro-ministro. Depois disto, é seu dever sair do cargo. E não é, como diz constantemente, a mais fácil das soluções. É a medida necessária para que haja soluções. A saída da ministra é, viu-se agora, uma questão de segurança nacional. É a mensagem necessária para a comunidade escolar, alunos e professores, entenderem que o relaxe, a desordem e o experimentalismo desenfreado chegaram ao fim. Que não há protecção política que os salve já da incompetência do Ministério, da DREN e de tudo o mais que nestes três anos nos trouxe à vergonhosa situação que o vídeo do YouTube mostrou ao país e ao Mundo. Uma questão mais os sindicatos viram as imagens de um crime a ser cometido em público contra uma professora. Façam o que devem. Façam as devidas queixas-crime contra a aluna agressora e contra quem filmou e usou abusiva e ilegalmente da imagem da professora a ser martirizada. O crime foi visto por todos. O Ministério Público tem competência para mover o adequado processo contra esses alunos. Cumpram o vosso dever sem tibiezas palavrosas. Já não se pode perder mais tempo com disparates.
Mário Crespo (jornalista) escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras
sábado
Miguel, o meu Amigo
este Amigo sempre foi muito educado, muito humilde, e muito lutador. Ao nível da saúde, desde que nasceu, lutou contra muitas adversidades. Na escola era incomodado por alguns maus colegas por ser um bom coração, mas nunca desistiu. Raramente um jovem sabe o que quer ser "quando for grande", mas este Amigo sabia, sabia o que queria. Queria estar ligado à terra, literalmente. Adorava todas as tarefas relacionadas com o campo, culturas, máquinas agrícolas, etc. Pedia-me para ir à net, ver imagens de tractores.
Amigo, como é bom fazermos o que gostamos!
Tem uma família adorável, excepcionalmente dedicada. Com seus pais e irmã confirmei mais uma vez que a palavra Família não é uma palavra vã. Também com esta família maravilhosa, percebi o significado da palavra Esperança, quando o visitei no IPO na véspera de Natal. Nunca me esquecerei a imagem dos pais radiantes, com um sorriso de orelha a orelha, a telefonarem aos familiares e amigos, "só" porque o meu Amigo tinha mexido uma pálpebra. Estava em coma há alguns dias.
Mas hoje, aos dezanove anos, com tantas batalhas ganhas ao longo da vida, perdeu a guerra.
Ficam os teus actos, as tuas atitudes e o teu carácter.
Miguel, és uma lição de vida.

Escolhi este tractor, no Google, como tu fazias.
Não sei se a escolha é boa, mas parece-me ser uma "ganda máquina", como tu dizias eufórico.
Miguel, aprendi contigo.
quarta-feira
para os distraídos...

O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.
por mim, apaixonado por livros, todos os dias, são dias do livro.
hoje, estou a ler
Sapho, de Alphonse Daudet,
A Sala Magenta, de Mário de Carvalho e
Em Busca do Carneiro Selvagem, de Haruki Murakami.
e tu? partilha o que lês.
terça-feira
domingo
Congratulations! You 're fantastic!

Tu e os teus colegas foram magníficos!
sexta-feira
seguir as pistas...
Camané - Sempre de Mim
Marta Hugon - Story Teller
livros
O Homem sem Qualidades - Robert Musil
teatro
a Terra gira em torno de si própria..
- o senhor não pode estacionar aqui!
- mas, senhor agente, é só por um minutinho. A miúda só foi buscar um documento ali à Secretaria...
- já lhe disse que não pode, e não venha com desculpas! Circule...
- mas, é só um minuto e não estou a estorvar ninguém.
- faç’ó favor de sair daqui, já disse!
- ok!
- Bom dia! Faça o favor de sentar. É o pai da Matilde?
- Sim, senhor. Ó sô doutor queria pedir-lhe favor, se dava um empurrãozinho à minha filha, qu’ela não quer estudar... só pensa nos rapazes e nas maluqueiras...
- engraçado, estou a conhecê-lo de qualquer lado... ah! Já sei. O senhor é o polícia que hoje de manhã ...
- ...
quarta-feira
o meu Amigo
desde sempre.
venceste muitas vezes,
outras não.
agora travas
esta longa,
muito longa,
mas não desistes.
19 anos de lutas e
conquistas.
Bertold Brecht dizia:
“Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis”
tu lutas toda a vida.
És uma lição.
Uma lição de vida.
Força Miguel!
Vais conseguir.
terça-feira
entusiasmado?

ENTUSIASMO, a palavra entusiasmo vem do grego e significa “ter um deus dentro de si”, os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses.
A pessoa entusiasmada era aquela “preenchida” por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.
Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante.
Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do quotidiano, criar uma realidade ou modificá-la.
Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, “abrigar um deus em si”.
As pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza, e são acreditadas, o entusiasmo é contagiante.
Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso.
O entusiasmo é bem diferente do optimismo.
Optimismo significa esperar que uma coisa dê certo, Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo.
(extraído de um artigo de B. Garfink)
quinta-feira
quem vê Dexter?

terça-feira
há prazeres que não se explicam... vivem-se

nem sempre o final é feliz...(cont.)
09.30 horas.
A mamã leva o filho à piscina (ver post do dia 29 de Março de 2008).
...
O menino nada.
...
A piscina faz-lhe bem.
O exercício físico é necessário.
...
A mamã está contente.
Vamos embora.
-Tenho fome!
...
(será que hoje, a mamã trouxe um lanchinho mais saudável?) - pensei eu, curioso.
...
as dúvidas serão desfeitas ao virar da esquina. Vamos ver.
...
...
...
desilusão... a mamã tira outra vez um pacote de batatas fritas (dos médios!!!) da máquina.
... mais... outro menino come um bollycao... e... a sua mãe segue-lhe o exemplo. Ou será que o menino é que segue o exemplo da mãe?
...
aguardo pela semana seguinte.
segunda-feira
a tradição...
A tocha olímpica apagou-se!

Agora vamos às coisas verdadeiramente importantes:
quinta-feira
contra a tristeza
Carla Quevedo
in Cinco Sentidos, revista Tabu do jornal Sol
pensando bem...
(S, IV, p.78. P. António Vieira)
